LEGISLAÇÃO
Código Penal (CP) brasileiro, art. 359 -C (Assunção de obrigação no último ano do mandato ou legislatura) CAPÍTULO IV DOS CRIMES CONTRA AS FINANÇAS PÚBLICAS Contratação de operação de crédito Art. 359-A. Ordenar, autorizar ou realizar operação de crédito, interno ou externo, sem prévia autorização legislativa: Pena – reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos. Parágrafo único. Incide na mesma pena quem ordena, autoriza ou realiza operação de crédito, interno ou externo: I – com inobservância de limite, condição ou montante estabelecido em lei ou em resolução do Senado Federal; II – quando o montante da dívida consolidada ultrapassa o limite máximo autorizado por lei. Inscrição de despesas não empenhadas em restos a pagar Art. 359-B. Ordenar ou autorizar a inscrição em restos a pagar, de despesa que não tenha sido previamente empenhada ou que exceda limite estabelecido em lei: Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. Assunção de obrigação no último ano do mandato ou legislatura Art. 359-C. Ordenar ou autorizar a assunção de obrigação, nos dois últimos quadrimestres do último ano do mandato ou legislatura, cuja despesa não possa ser paga no mesmo exercício financeiro ou, caso reste parcela a ser paga no exercício seguinte, que não tenha contrapartida suficiente de disponibilidade de caixa: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. Ordenação de despesa não autorizada Art. 359-D. Ordenar despesa não autorizada por lei: Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. Prestação de garantia graciosa Art. 359-E. Prestar garantia em operação de crédito sem que tenha sido constituída contragarantia em valor igual ou superior ao valor da garantia prestada, na forma da lei: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. Não cancelamento de restos a pagar Art. 359-F. Deixar de ordenar, de autorizar ou de promover o cancelamento do montante de restos a pagar inscrito em valor superior ao permitido em lei: Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. Aumento de despesa total com pessoal no último ano do mandato ou legislatura Art. 359-G. Ordenar, autorizar ou executar ato que acarrete aumento de despesa total com pessoal, nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato ou da legislatura: Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. Oferta pública ou colocação de títulos no mercado Art. 359-H. Ordenar, autorizar ou promover a oferta pública ou a colocação no mercado financeiro de títulos da dívida pública sem que tenham sido criados por lei ou sem que estejam registrados em sistema centralizado de liquidação e de custódia: Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
De acordo com precedente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no crime de lavagem de dinheiro a denúncia precisa indicar a probabilidade, os indícios do crime antecedente. Esta peça acusatória, em outros termos, pode conter, no que se refere à descrição dos fatos e ao lastro probatório, apenas uma demonstração indiciária capaz de evidenciar a prática, EM TESE, do fato tipificado como crime de lavagem de dinheiro, todavia, a descrição contida na exordial acusatória deve possibilitar à defesa a “efetiva defesa” do (a) acusado (a). Neste sentido, aproveito para citar as várias operações policiais realizadas no Brasil, a partir de investigações de alta complexidade, conforme noticia a imprensa, porquanto o crime de lavagem de dinheiro jamais será maquinado ativamente por pessoas que praticam delitos de bagatela, por exemplo. Nesta condição, pode haver sujeitos cooptados por aqueles que visam ao branqueamento de capitais. Pelo menos em sua origem é um delito em que tanto as Polícias Civis dos Estados ou do DF e a Polícia Federal, quanto o Órgão Acusador podem deparar até com organizações criminosas cujos integrantes detêm conhecimentos em várias áreas, o que não exclui a participação de pessoas sem os citados conhecimentos. Apesar de as investigações serem realizadas de forma técnica, com a comprovação por meio de perícias, inclusive, formando, destarte, um acervo probatório robusto, a peça acusatória que dá início à ação penal não precisa conter uma “descrição exaustiva e pormenorizada”, conforme decisão contida na Ação Penal APn n. 923-DF / Informativo 657 do STJ.
Um grandioso abraço. Obrigado por nos visitar. Seja bem-vindo (a) sempre. Wilton NOVAS TECNOLOGIAS E AUSÊNCIA DE DIÁLOGO | Noções de direito / por Wilton Moreira da Silva Filho9/12/2019
Olá, seja bem-vindo (a) à nossa página - sempre! Espero que goste do conteúdo. Boa leitura. Expresso minha gratidão. Um grandioso abraço e um ótimo início de semana.
NOVAS TECNOLOGIAS E AUSÊNCIA DE DIÁLOGO Há alguns anos eu tive a honra, na condição de palestrante, de falar sobre os aspectos éticos e legais do uso das novas tecnologias em um seminário de telemedicina e telessaúde realizado na Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Abordei o tema à luz da Constituição Republicana e de alguns atos normativos, com destaque para o Código de Ética Médica (CEM). Aquela experiência me encheu de alegria. E me enche até hoje, todavia, nem sempre as inovações tecnológicas trazem benefícios ao Ser Humano. As novas tecnologias permitem a realização de atos médicos à distância, entre uma infinidade de cuidados relacionados ao paciente. Leva a qualquer lugar a realização do direito fundamental à saúde. Proporciona um tratamento de saúde mais rápido, em que o paciente, muitas vezes com problemas relacionados à locomoção, é atendido em sua unidade de saúde. Permanece em seu município, em sua casa, e não enfileirado em uma calçada, sob a calidez do sol, à espera da distribuição de uma ficha de atendimento. Os recursos da informática relacionados às redes de computadores são elementos que contribuem para a formação de várias redes de comunicação, tudo isso por meio da Internet, que interliga milhões de usuários a vários serviços. Da pesquisa em uma página de um site da Internet, do envio de uma mensagem instantânea, de um email, à prática de um ato médico, ao ensino à distância (EAD), tão importante e crescente hoje. Há também o emprego das novas tecnologias no âmbito do Poder Judiciário, no interrogatório por meio de videoconferência, na possibilidade de realização de audiência à distância, em que a Administração Pública economiza recursos e os agentes públicos permanecem em suas unidades, não precisam se deslocar; mas as novas tecnologias também têm outra faceta: ao mesmo tempo em que reduzem distâncias, parecem distanciar pessoas. Até no ambiente doméstico, à mesa de uma lanchonete ou na fila de um estabelecimento comercial é possível identificar o abraço que se dá nos celulares com mais recursos, hoje indispensáveis à obtenção de informação e conhecimento. Reparava ontem, na fila de um estabelecimento comercial, a ausência de interação dos usuários de smartphones com os próprios aplicativos de tais aparelhos ou com alguém, por exemplo, o filho, para comunicar o atraso para buscá-lo na escola. De igual modo, não esperava, em uma fila, que uma uma mulher perfumada e de olhar enigmático "puxasse conversa" comigo e asseverasse, pausadamente: "Saudade do que a gente ainda não viveu", mas ocorrendo, estamos aí, desde que façamos um passeio aqui nos arredores, e não em outro país. Nunca fiz uma viagem internacional mesmo. Ficaria muito feliz em conhecer o belíssimo Embraer E2 azul (que aeronave linda!), bater papo, com direito a pão na chapa, bolo e tapioca - em espaço aéreo brasileiro mesmo. Diante do comportamento das pessoas, que apenas rodavam telas, passavam telas, deslizavam os dedos para a esquerda e para a direita (não liam, não enviavam mensagens, não buscavam notícias emanadas do trabalho dos jornalistas, que se debruçam com paixão no seu trabalho, não abriam fotos de uma viagem, a agenda, o bloco de notas, um aplicativo de produtividade). Os sistemas operacionais pareciam drogar aquelas pessoas na fila, elas não estavam produzindo ou ajudando um colega de trabalho a solucionar um problema. Elas não estavam estudando, lendo algo, buscando informações sobre qualquer assunto, sobre as decisões políticas, elas não escutavam música. Imagine dirigir a palavra ao próximo, mas não do jeito que alguns vizinhos meus fazem no elevador, invariavelmente: "Hoje está fazendo calor, não é?". Confesso que tenho vontade de dizer: "Desculpe, qual o nome do senhor (de fato, não sei dizer)? Senhor Dr. X, Y ou Z, COMO VAI? Ou, se a educação não fosse uma das minhas poucas virtudes, ao lado da humildade, diria: "Não, não tá quente. Tá frio. Sinto-me no Sul. Tem um casaco pra me emprestar?". Retorno ao contexto da fila do estabelecimento: todos de cabeça baixa, olhando para o display do smartphone, deslizando, rodando as telas, em um processo mecânico. Percebi que havia um trabalhador no ambiente. Ele parecia tentar achar uma broca de furadeira. Vi a instalação física que estava sendo trabalhada e falei: "Desculpe, o senhor deve estar procurando a 6, não?". - Sim, a seis - falou o técnico. "Use a seis" - e apontei para aquela broca que ele tentava achar porque eu sabia que aquela instalação requeria uma broca daquela numeração. Falei com o trabalhador sobre marca de lubrificante de furadeira, porque percebi pelo ruído e pela aparência que o equipamento estava travando. Motociclistas geralmente conhecem todo tipo de lubrificante. E o som de cada motocicleta: de uso urbano, esportivas, custom, trail, big trail, superesportivas, cinquentinhas fora do padrão de fábrica (hehe). De longe reconhecemos. Qualquer alteração na moto, qualquer indício de pane, nós identificamos. Se estivéssemos de olhos fechados, saberíamos dizer o quilômetro da rodovia, em razão do cheiro do ambiente rural, uma riqueza! Um momento ímpar! Ou como dizem os jovens de hoje: "show". Enfim, em uma singela conversa, eu sugeri que o trabalhador usasse um coletor de pó, um acessório que se acopla à furadeira e mantém o pó confinado, evitando a sua dispersão. Disse ainda que no apartamento da minha mãe eu costumava usar uma garrafa pet rasgada, um improviso, para evitar a propagação da poeira, quando eu precisava realizar algum trabalho. Voltando para a realidade da fila, o pessoal continuava ausente, distante, aqueles aparelhos não estavam nos bolsos, nas bolsas, nas mochilas, teimavam em ficar grudados nas mãos. Pareciam assumir a condição de força anímica, atuando na mente do Ser Humano, retirando-lhe a capacidade do fenômeno comunicacional ou de observar o ambiente. Cada rodada de tela assemelhava-se a uma tragada de cigarro ou charuto, que às vezes é até um desabafo silencioso, mas eloquente, apesar de não fumar. Havia uma imersão do ser no sistema operacional do smartphone! Que pena! Sequer um MEME eu vi. Eu gosto de memes. Gosto muito muito de memes relacionados principalmente à vida do concurseiro e àqueles do filme Tropa de Elite. Peguei minha encomenda, paguei. Agradeci e desejei uma boa noite a todos. Meu "like" foi deixado para os funcionários do estabelecimento e para o trabalhador eletricista, que estavam focados nos seus afazeres. Retornei para casa com as minhas sandálias desgastadas e amanhã, ao acordar, não vou sequer verificar o nível de bateria do celular. Um grandioso abraço, espero que um dia nos encontremos nos caminhos ou estradas da vida. Até lá! "3- He shall send from heaven, and save me from the reproach of him that would swallow me up. Selah. God shall send forth his mercy and his truth." (Psalms Chapter 57.3)
"3- Dos céus Ele me enviará o seu livramento e a salvação, me protegerá com seu amor misericordioso e fará fracassar todos os intentos daqueles que me perseguem impiedosamente." Referências: Bíblia King James Atualizada (BKJ); Internet: disponível em: https://www.kingjamesbibleonline.org/Psalms-Chapter-57/. Acesso em: 2.12.2019. Olá, como vai? Espero que esteja tudo certo com você e seus entes queridos. Eu me chamo Wilton. Familiares, amigos (as) de infância ou conhecidos recentemente me chamam também de Wiltinho ou Wil. Alguns ex-colegas de faculdade, Moreira. Enfim, seja muito bem-vindo aqui. Antecipo a minha gratidão e o meu respeito sincero pela visita. Obrigado mesmo. Espero que nos encontremos nos caminhos ou estradas da vida. Li ao entardecer deste início de semana alguns versículos do Texto Bíblico. Precisamente no Livro de Salmos deparei com a fé de Davi. Davi foi perseguido, mas tal perseguição ocorreu de modo impiedoso, cruel, maltratante. Associei, a partir da singela interpretação gramatical do Texto Bíblico, o Capítulo 57 do Livro de Salmos à existência e, sobretudo, prevalência dos Direitos Humanos e, de igual forma, ao seu desrespeito. Associei o sofrimento intenso, quase letal e desumano àquelas aflições das quais o ente humano é vítima. Sim, vítima, alvo, qualquer palavra encontrada na norma padrão que defina covardia e desumanidade. Associei, em meu silêncio, que as lanças e flechas portadas pelos perversos, cuja língua, conforme o Texto, assemelha-se a uma espada afiada, tudo isso associei a uma das formas mais brutais de violência, de dano, de crueldade, de extermínio de Direitos Fundamentais e de Direitos Humanos e de extermínio do próprio Ser Humano. Associei a saga de Davi, a sua alma abatida, ao desfalecimento, à fragmentação, à ruína das forças mantenedoras da vida, ao ato do homicida que, diante da vítima amarrada e com tapume na boca, desfere-lhe um disparo com a calibre doze. Não há na associação a figura de linguagem que a gramática da Língua Portuguesa conceitua como hipérbole, como um exagero. Davi encontra-se cercado, mas com munição: com elementos mais potentes do que armas. Davi não porta artigos de cutelaria. Sequer um caco de vidro. Ele tem de forma indissociável, conquanto abatido, fé, estabilidade, foco, perseverança. Ele invoca o Senhor, a fim de que possa ele triunfar sobre seus inimigos. Ele o faz com fé, sofre em silêncio e com inteligência não sai dos trilhos, não descarrila. Ele mantém a fé, os seus princípios, os seus valores. É certo que Davi é assertivo: "Dinte de mim cavaram um fosso: porém, eles mesmos nele caíram". Sim, "caíram", no pretérito perfeito mesmo. Todavia, de forma brilhante, resiliente, humana, sem querer pagar com a mesma moeda, ou seja, de modo inteligente, Davi, LIVRE DO MEDO, ou seja, DESTEMIDO, expressa o seu sentimento, a sua vontade de cantar louvores, e não de vingança, que é um ato pequeno, desprezível, uma atrocidade. A situação de Davi, que traduz muitas aflições hodiernas, a exemplo de tentativas de ciladas, calúnias, difamações e demais atos de covardia e desrespeito aos direitos que são válidos em toda a comunidade global, cumpram ou não, são direitos válidos universalmente, é uma realidade. Assim, quem por um dia, por meses ou anos enfrentar a realidade de Davi, não pague com a mesma moeda. Tenha fé. Mantenha seus princípios, seus valores, jamais - sequer - deseje o mal. Apenas coloque Deus em primeiro lugar, respeite as regras não por medo de punição, mas por princípio mesmo. Respeite as instituições públicas e privadas, assim como os seus agentes porque Deus, com o Seu Escudo, o protegerá. Você pode até ser esquecido pelo próximo, mas Deus jamais o desamparará. Ele é o Juiz. |
AUTOR:Wilton Moreira da Silva Filho ARQUIVOS
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